terça-feira, 29 de março de 2011

ORAÇÕES SUBORDINADAS ( PROFESSORA GISLANE)

         ORAÇÕES SUBORDINADAS
       Orações subordinadas substantivas

        Inicialmente, diga-se que são aquelas orações subordinadas que exercem as seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, exemplos:
  •  Insinuou nada conhecer.
  • Pediu que se fizesse silêncio
      As orações subordinadas substantivas podem ser de seis espécies:
     1ª. Subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito em relação a outra oração. Exemplos:
      Importa estudar continuamente
      Sabe-se que a situação econômico-financeira ainda vai ficar pior.
      Convém que não saias da classe.
     Facilita encontrar o sujeito de uma oração interrogar o verbo da oração:
      Importa o que?; o que se sabe?; o que convém?
    2ª. Objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto de outra oração.
    Informamos que os alunos sairão pela porta dos fundos.
    Amaral não sabia como realizar o sorteio.
    Responda se conhece o novo time do Flamengo.
    Olha como tudo terminou bem!
    Penso que eles viajarão amanhã cedo.
    Pedi que saíssem da sala.
    Vi-o correr.
    Observa-se que o objeto direto é identificado da seguinte maneira: quem confia, confia em alguma coisa; quem sabe, sabe de alguma coisa; quem espera, espera alguma coisa; e assim por diante.
    As locuções tenho medo, estou com esperança e sou de opinião ou ele é de opinião têm força transitiva direta, isto é, são equivalentes a verbos transitivos diretos: temer, esperar, opinar. Se estas expressões vierem acompanhadas de preposição de antes da conjunção que, as orações já não serão objetivas diretas, mas completivas nominais:
Tenho medo de que ele não resista ao interrogatório.
Estou com esperança de que ele saia vitorioso.
Estou com receio de que não ocorra o jogo.
   3ª. Objetivas indiretas: são aquelas que exercem a função de objeto indireto de outra oração, isto é, ligam-se à oração principal mediante preposição. Exemplos:
    Preciso de rever todas as provas.
    Cláudia não gostou das provocações e insinuações.
    O acidente obstou a que chegássemos mais cedo.
    O jovem obedeceu a todos que lhe são superiores.
    A identificação do objeto indireto é realizada mediante o seguinte procedimento: quem precisa, precisa de alguma coisa; quem gosta, gosta de alguma gosta; quem obedece, obedece a alguma coisa; e assim por diante.
4ª. Completivas nominais: são aquelas que completam o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Exemplos:
  Ivo tinha esquecido de que sua proposta não agradara.
   Alencar estava esperançoso de que tudo se resolveria.
   A opinião de que Luís desistirá do estudo é conclusão precipitada.
   Assim como alguns verbos exigem objeto que lhes complete o sentido, há     algumas palavras que necessitam de outras que lhes completem o sentido. Assim, pode-se à semelhança dos verbos, perguntar: acordo de que?; esperançoso de quê?; opinião de quê? (ou sobre o quê?); medo de quê? A reposta a estas perguntas constitui o complemento nominal.
5ª. Predicativas: são aquelas que funcionam como predicativo do sujeito. Exemplos:
   O bom é que você não desconfia nunca.
   O mal é você ficar de braços cruzados.
    O certo é que Sérgio não se casará.
   A falácia é que para ficar rico é preciso ficar pobre.
   Não se deve confundir oração predicativa com oração subjetiva. Exemplos:
   É certo que o Vasco não ganhará do Flamengo = subjetiva.
   A oração grifada funciona como sujeito
   O certo é que o Vasco não ganhará do Flamengo = predicativa
   A oração grifada funciona como predicativo do sujeito.
6ª. Apositivas: são aquelas que funcionam como aposto. Exemplos:
Sua instrução foi única: estudar sempre
Pedi-lhe um favor: que me chamasse às sete horas.
O aposto é uma foram de adjunto adnominal, que é constituído de uma palavra ou expressão em aposição, exemplificando um ou vários termos expressos na oração. Note-se nos exemplos que estudar sempre explica a frase inicial, determina qual foi sua instrução; qual foi o favor pedido.

      Orações subordinadas adjetivas
 A oração que modifica um substantivo de outra oração é denominada oração subordinada adjetiva. Em geral, tais orações são introduzidas por pronome relativo. Exemplo:
 O garoto que era risonho tornou-se um garoto sisudo.
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, as orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal.
As orações subordinadas adjetivas são de duas espécies: explicativas e restritivas.
As explicativas são aquelas que indicam qualidade inerente ao substantivo a que se referem. Justapõem-se a um substantivo já plenamente definido pelo contexto. Além disso, as orações adjetivas explicativas podem ser eliminadas sem prejuízo do sentido. Têm função meramente estilística. Exemplos:
O inverno suíço de 1987, que foi muito rigoroso, matou 100 pessoas.
O homem, que é um ser racional, tem perdido suas características mais preciosas.
O lírio, que é branco, já não é símbolo de candura.
As orações adjetivas explicativas são menos comuns que as restritivas.
As orações adjetivas restritivas delimitam o sentido do substantivo antecedente. São indispensáveis ao sentido total da oração. Exemplos:
Todo aluno que é estudioso é digno de aprovação.
Todo político que é honesto é capaz de causar revoluções administrativas.
Não acredito no médico do qual me falaste há pouco.
O professor cujas orientações não são diretivas tem conseguido resultados assustadores nos últimos tempos.
Orações subordinadas adverbiais
Um terceiro tipo de orações subordinadas são as adverbiais, isto é, aquelas que equivalem a advérbios em relação a outra oração.
Os adjuntos adverbiais são termos acessórios das orações; são determinantes. Os determinantes adverbiais acrescentam "ao predicado o esclarecimento de lugar, tempo, modo etc."
Almoçarei ao meio-dia.
Chegaram aqui as embarcações.
Ontem choveu.
Aquele homem caminha com dificuldade.
Tu te exprimes muito bem.
São, portanto, os adjuntos adverbiais expressões que acrescentam circunstâncias aos fatos expressos.
Recorde-se também que as orações reduzidas às vezes indicam circunstâncias que caracterizam e restringem o sentido do verbo:
Não te emprestarei dinheiro para gastares com bijuterias. (adverbial final reduzida de infinitivo)
Chegando ao teatro, comprei os ingressos. (subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio)
Terminado o jogo, voltei pra casa. (subordinada adverbial temporal reduzida de particípio)

As orações subordinadas adverbiais são dos seguintes tipos: causais, comparativas, consecutivas, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais e temporais.
1ª. Causais: são aquelas que modificam a oração principal apresentando uma circunstância de causa, isto é, respondem à pergunta "por quê?" feita à oração principal. Exemplos:
Carlos saiu porque precisava.
Amadeu não saiu porque estava frio.
Nilo Lusa deixou o magistério porquanto sua saúde era precária.
São conjunções causais: porque, que, porquanto, visto que, por isso que, como, visto como, uma vez que, já que, pois que.
. Comparativas: são aquelas que correspondem ao segundo termo de uma comparação. Exemplos:
Marisa é tão boa digitadora quanto Teresa
"A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro"
São conjunções comparativas: como, mais do que, assim como, bem como, que nem (como), tanto quanto.
. Consecutivas: são aquelas que são introduzidas por um termo intensivo que vem em seguida à oração principal, acrescentando-lhe idéias e explicações, ou completando-a, ou tirando uma conclusão. Exemplos:
O Plano de Estabilização Econômica foi tão cercado de flores de todos os lados que não percebemos suas conseqüências menos interessantes.
Onde estás, Eliana, que não te vejo!
Otávio bebia tanto que morreu afogado no seu próprio vômito.
Faça seu trabalho de tal modo que não venha a lastimar-se do resultado que dele possa advir.
São conjunções consecutivas: (tanto) que, (tão) que, (de tal forma) que.
. Concessivas: são aquelas que se caracterizam pela idéia de concessão que transmitem à oração principal. Exemplos:
Ainda que faça frio, o jogo realizará.
Cristiano foi ao parque, embora estivesse chovendo.
Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
São conjunções concessivas: embora, posto que, se bem que, ainda que, sempre que, desde que, conquanto, mesmo que, por pouco que, por muito que.
5ª. Condicionais: são aquelas que se caracterizam por transmitir idéias de condição à oração principal. Exemplos:
Se o filme for ruim, sairei do cinema.
Caso tivesse realizado as obras necessárias, não teria perdido a eleição.
São conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos que, sem que, uma vez que, sempre que.
6ª. Conformativas: são aquelas que indicam o modo como ocorreu a ação expressa na oração principal. Exemplos:
Conforme as últimas notícias, o mundo corre risco de uma guerra generalizada.
Realizei seus desejos como você me havia sugerido.
Escrevi carta burocrática, segundo o estilo oficial estabelece.
São conjunções conformativas: de modo que, assim como, bem como, de maneira que, de sorte que, de forma que, do mesmo modo que, segundo conforme.
7ª. Finais: são aquelas que indicam o fim ou finalidade à oração principal. Exemplos:
É preciso que haja políticos de concepções liberais extremadas para que os conservadores não reduzam os homens a títeres.
Acenei-lhe para que silenciasse
Antônio Carlos falou baixinho a fim de que não fosse percebida sua revolta.
São conjunções subordinativas finais: para que, a fim de que.
8ª. Proporcionais: são aquelas que transmitem idéia de proporcionalidade à idéia principal. Exemplos:
À proporção que o tempo passa, a agonia recrudesce.
O barulho de algazarra aumenta à medida que se aproxima das crianças.
São conjunções subordinativas proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que.
9ª. Temporais: são aquelas que indicam relação de tempo naquilo que se refere à ação expressa pela oração principal. Exemplos:
Enquanto leio poesia, recupero o equilíbrio emocional.
Cada vez que eu penso, te sinto, te vejo...
São conjunções subordinadas temporais: quando, enquanto, agora que, logo que, desde que, assim que, tanto que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada vez que.

QUESTÕES

1. (Of.Just./SP) A opção em que a oração subordinada pode ser considerada adverbial condicional é:
a) Desde que o vi, me apaixonei.
b) Desde que tenho muito trabalho hoje, não poderei sair.
c) Permanecerei aqui, desde que você permaneça.
d) Diga-me se a proposta lhe interessa.
e) Falou sem que nos convencesse.


2. As orações subordinadas adverbiais assinaladas
estão classificadas. Considere certa ou errada a classificação:
a) “Nunca chegará ao fim por mais depressa que ande.” (oração subordinada adverbial consecutiva)
b) “Era tal a serenidade da tarde que se percebia
o sino de uma freguesia distante.” (oração subordinada adverbial consecutiva).
c) Mesmo que faça calor, não poderemos nadar. (oração subordinada adverbial concessiva)
d) Ela era tão medrosa, que não saía de casa. (oração subordinada adverbial comparativa)
e) Se tudo correr bem, levar-te-ei à Europa. (oração subordinada adverbial condicional)
3.Permute o substantivo grifado por uma oração substantiva, segundo o modelo que segue.
 Tínhamos interesse na sua colaboração.
Tínhamos interesse em que você colaborasse.
a)    Detectamos facilmente a existência de um erro.
b)    O corretor garantia a valorização do terreno.
c)    Preocupava-se com a fuga dos inimigos.
04. Colégio Naval - No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a última oração se classifica como:
a) coordenada sindética adversativa;
b) principal;
c) subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada adverbial comparativa;
e) subordinada substantiva subjetiva.
05. EPCAR - Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.
a) “Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?”
b) “Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.”
c) “Um dia as galochas me serão úteis, quando eu for suficientemente velho para merecê-las.”
d) “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi me ver livre das galochas.”
e) “No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas.”
06. PUC - “quando eu quiser sei onde achá-lo”. As orações sublinhadas são classificadas, respectivamente, como:
I
a) adverbial / adjetiva;
b) adverbial / adverbial;
c) adverbial / substantiva;
d) adjetiva / substantiva;
e) principal / adverbial.
07. EFOMM - Marque a classificação correta das orações destacadas no período: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que a produção e o lucro eram bastante razoáveis.”

a) subordinada adverbial temporal - subordinada substantiva objetiva direta;
b) principal - subordinada substantiva completiva nominal;
c) subordinada adverbial temporal - subordinada adjetiva restritiva;
d) principal - subordinada adverbial final;
e) subordinada adverbial condicional - subordinada substantiva subjetiva.
08. ESPCEX - Marque a alternativa que indica a correta classificação das orações sublinhadas, segundo a ordem em que estas aparecem nas frases abaixo:

1) Robertinho, apesar de ser inteligente, não foi aprovado no concurso.
2) Não é permitido que crianças transitem por esta rua.
3) Chocou-nos o seu modo áspero de falar, embora não tivesse o propósito de ofender a pessoa alguma.

a) subordinada substantiva apositiva, subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva;
b) subordinada adverbial conformativa, subordinada substantiva predicativa, subordinada
completiva nominal;
c) subordinada adverbial concessiva, subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva completiva nominal;
09.Colégio Naval - Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que desconhecemos, arrogantes embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa.
A última oração do texto deve ser classificada como subordinada:

a) adverbial concessiva;
b) substantiva completiva nominal;
c) adjetiva restritiva;
d) substantiva predicativa;
e) substantiva subjetiva.
10. Colégio Naval - Marque a alternativa em que a oração destacada não se encontra corretamente classificada.

a) “Parece que eu não acreditava na história” - oração subordinada substantiva subjetiva;
b) “(...) torcíamos para ele subir mais” - oração subordinada adverbial final;
c) “Lembro-me (...) desse jardim que não existe mais.” - oração subordinada adjetiva restritiva;
d) “Lá fora, uma galinha cacareja, como antigamente.” - oração subordinada adverbial
comparativa;
e) “Diziam que São Pedro estava arrastando os móveis” - oração subordinada substantiva subjetiva.

segunda-feira, 21 de março de 2011

RADIOATIVIDADE ( PROFESSORA LUCÉLIA)


                                         RADIOATIVIDADE
    A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética.
    A radioatividade foi descoberta no século XIX, até esse momento predominava a ideia de que os átomos eram as menores partículas da matéria. Com a descoberta da radiação, os cientistas constataram a existência de partículas ainda menores que o átomo, tais como: próton, nêutron, elétron. Vamos rever um pouco dessa história?
- No ano de 1896, o físico francês Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) observou que um sal de urânio possuía a capacidade de sensibilizar um filme fotográfico, recoberto por uma fina lâmina de metal.
- Em 1897, a cientista polonesa
Marie Sklodowska Curie (1867-1934) provou que a intensidade da radiação é sempre proporcional à quantidade do urânio empregado na amostra, concluindo que a radioatividade era um fenômeno atômico.
Anos se passaram e a ciência foi evoluindo até ser possível produzir a radioatividade em laboratório. Veja a diferença entre radiação natural e artificial:
Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza.
Radioatividade artificial ou induzida: É aquela produzida por transformações nucleares artificiais.

A radioatividade geralmente provém de isótopos como urânio-235, césio-137, cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo uma constante e lenta desintegração. Tais isótopos liberam energia através de ondas eletromagnéticas (raio gama) ou partículas subatômicas em alta velocidade, é o que chamamos de radiação. O contato da radiação com seres vivos não é o que podemos chamar de uma boa relação.
Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes da pessoa infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe a radiação sofre alteração genética, que pode ser transmitida na gestação. Os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura. O resultado? Graves problemas de saúde como a perda das propriedades características dos músculos e da capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência.

A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos.
Por Líria Alves
Graduada em Química
JORNAL GAZETA DO POVO (15/03/2011)

Radioatividade pode entrar em cadeia alimentar no Japão

Crianças e os bebês que ainda não nasceram correm o maior risco de possivelmente desenvolverem câncer. Em Tóquio, governo confirma níveis de radiação acima do normal
Material radioativo lançado ao ar pela usina nuclear japonesa afetada por um terremoto na sexta-feira pode contaminar a água e alimentos, e as crianças e os bebês que ainda não nasceram correm o maior risco de possivelmente desenvolverem câncer.
Especialistas afirmam que qualquer exposição ao material radioativo tem o potencial de causar vários tipos de câncer, e o risco aumenta quanto mais elevado for o nível de radiação.
"As explosões podem expor a população à radiação por um longo período, o que pode elevar o risco de câncer. Os tipos são câncer da tiróide, câncer ósseo e leucemia. As crianças e os fetos são especialmente vulneráveis", disse Lam Ching-wan, químico patologista da Universidade de Hong Kong.
"Para alguns indivíduos, mesmo uma quantidade pequena de radiação pode elevar o risco de câncer. Quanto maior a radiação, maior o risco de câncer", disse Lam, que também é membro do Conselho Americano de Toxicologistas.
O material radioativo lançado ao ar pode ser diretamente inalado para o pulmão ou ser levado pela chuva ao mar e ao solo, e eventualmente contaminar plantações, a vida marítima e a água consumida pela população.
O leite de vaca também é especialmente vilnerável, segundo especialistas, caso os animais entrem em contato com o pasto contaminado.
Segundo Lee Tin-lap, toxicologista e professor associado da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Hong Kong, as águas que banham o Japão precisam ser testadas para saber seu nível de radiação.
"Ninguém está medindo os níveis de radiação no mar", disse Lee à Reuters.
"A névoa que está sendo lançada ao ar eventualmente voltará para a água, e para a vida marítima será afetada... quando houver uma chuva, a água usada no consumo também será contaminada."
A Organização Mundial de Saúde disse nesta terça-feira que o Japão está tomando as medidas corretas para proteger sua população da radioatividade, incluindo a retirada de pessoas e a estocagem de iodeto de potássio, um antídoto à radiação.
Níveis significativos
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse que os níveis de radioatividade tornaram-se "significativamente" mais altos nas proximidades da usina nuclear de Fukushima 1, que foi atingida pelo terremoto de 9 graus na escala Richter, seguido de tsunami, na sexta-feira. Com o abalo, houve quatro explosões nos edifícios onde estão os reatores, e houve a liberação de material radioativo.
Nesta terça-feira, o reator 4, da usina Fukushima 1 pegou fogo, mas foi rapidamente debelado.
Tóquio
Um nível de radioatividade acima do normal foi detectado em Tóquio na manhã desta terça-feira, no horário local, anunciou o governo metropolitano de Tóquio. Segundo ele, o nível de radiação alcançou 0,809 micro sieverts na capital por volta das 10 horas, no horário local, (22h de segunda-feira em Brasília), nível aproximadamente 23 vezes maior do que o normal, porém a quantidade ainda não é suficiente para prejudicar a saúde humana.
Sugestão de atividades
Leia sobre a radiotividade e responda:
1.Definição;
2.Descoberta;
3.Conceitue radiotividade natural e a radiotividade artificial;
4.Malefícios e benefícios da radiotividade;
5.Faça um texto de opinião sobre a notícia veiculada pela GAZETA DO POVO ( 15 A 20 linhas).






domingo, 20 de março de 2011

Origem da vida Biogênese X Abiogênese


Abiogênese X Biogênese / Teorias Conflitantes - Professor Guy Bravos

01-(UNIFOR CE/1998/Julho - Conh. Espec.) O experimento realizado por Louis Pasteur, utilizando frascos com pescoço de cisne e caldos nutritivos, derrubou a hipótese:
a)    autotrófica.
b)    da biogênese.
c)    da abiogênese.
d)    heterotrófica.
e)    da pré-formação.

02 - (UEPB/1999)  Leia atentamente as proposições abaixo:

I.     O médico e biologista italiano Francesco Redi elaborou, em meados do século XVII, experimentos que favoreceram o fortalecimento da teoria sobre a origem da vida por geração espontânea.
II.    A abiogênese defendia que a vida poderia surgir a partir da matéria bruta. No século XVIII, o médico Van Helmont, famoso Fisiologista Vegetal e defensor desta hipótese, apresentou uma "receita" para obter ratos a partir de grãos de trigo e de uma roupa suada.
III.   O aperfeiçoamento do microscópio, que revelou a existência de seres muito pequenos, reforçou as idéias sobre geração espontânea, pelo menos no que se refere a estes seres microscópicos.
IV.  Somente em meados do século passado, o cientista francês Louis Pasteur conseguiu demonstrar, de maneira definitiva, que até mesmo os microrganismos não se originam espontaneamente de matéria inanimada.

Assinale a alternativa correta.
a)    apenas a proposição I é falsa.
b)    apenas a proposição IV é falsa.
c)    apenas as proposições I e III são falsas.
d)    apenas as proposições I e IV são falsas.
e)    todas as proposições são falsas.

03 - (UEPB/2002) As várias hipóteses tentam explicar a origem dos seres vivos na Terra. Atualmente, porém, a que é mais aceita cientificamente dz que “a vida se origina somente de outra vida pré-existente” – Biogênese. A evidência maior de tal teoria se deu após os trabalhos realizados por:
a)    Francesco Redi – pedaços de carne no interior de frascos.
b)    Aristóteles – existência de princípio ativo.
c)    Louis Pasteur – frascos de “pescoço de cisne”.
d)    Needham – soluções nutritivas em frascos aquecidos.
e)    Helmont – receita para criar ratos.

04 - (UFAC/2001) Indique qual dos estudiosos abaixo estabeleceu a teoria da biogênese, mediante comprovação experimental, segundo a qual A VIDA SE ORIGINA SOMENTE DE OUTRA VIDA PREEXISTENTE.
a)    Aristóteles
b)    Charles Robert Darwin
c)    Francesco Redi
d)    Louis Pasteur
e)    Stanley Miller

05 - (UNIPAC MG/1997)Qual alternativa MELHOR se refere às idéias de Pasteur?
a)    Em 1808, propôs a lei do uso e desuso dos órgãos, onde um órgão pouco usado tende a atrofiar-se e não aparecer nas gerações seguintes.
b)    Propôs um processo de seleção natural entre as espécies, onde o mais adaptado tem a maior probabilidade de sobreviver.
c)    Concluiu que cada caráter hereditário é devido a um par de fatores que se segregam durante a formação dos gametas, indo um fator para cada gameta.
d)    Por volta de 1860, comprovou a falsidade sobre as teorias da geração espontânea da vida.

06 - (UNIPAC MG/1999) O frasco abaixo representa uma parte, das experimentações desenvolvidas no século XVIII, que dividia os pesquisadores em dois grupos: os que defendiam a biogênese, e os que defendiam a abiogênese.


Neste frasco foram utilizados caldo de carne e outras substâncias nutritivas, e chegaram a conclusão: que os líquidos aquecidos em frascos  fechados turvam-se com o tempo.
De acordo com seus conhecimentos sobre as teorias, qual alternativa explica corretamente a defesa da biogênese, para a conclusão acima:
a)    O aquecimento é insuficiente para destruir os microorganismos e eles se multiplicaram.
b)    O aquecimento é insuficiente para destruir o princípio ativo.
c)    Os microorganismos entram com o ar, e encontrando ambiente favorável, multiplicam-se.
d)    O ar contém o princípio ativo e este, entrando no frasco, provoca a geração dos microorganismos.

07 - (Univ. Potiguar RN/1999/Janeiro) A biogênese é uma teoria que:
a)    admite mutações espontâneas
b)    admite geração espontânea
c)    admite que, para o aparecimento de um organismo, deve haver um indivíduo antecessor
d)    foi concebida por Lamarck

08 - (UFAM/2003) ”Os seres vermiformes que surgem na carne em putrefação são larvas, um estágio do ciclo de vida das moscas. As larvas devem surgir de ovos colocados por moscas, e não  por geração espontânea a partir da putrefação da carne”. Esta hipótese foi formulada por um médico e biólogo italiano conhecido por:
a)    Aristóteles século IV a.C.
b)    Wiliam Havey ( 1578-1657)
c)    René Descartes ( 1596-1650)
d)    Isaac Newton (1642-1727)
e)    Francisco Redi (1626-1697)

09 - (UFAM/2003) Alguns anos antes de a Academia Francesa de Ciências oferecer um prêmio compensador para quem apresentasse um experimento definitivo sobre a questão da geração expontânea, um cientista francês já havia realizado alguns experimentos sobre a origem dos microrganismos o qual mais tarde veio derrubar por terra esta hipótese e ganhar o prêmio oferecido. Este cientista hoje muito conhecido  por:
a)    Louis Pasteur  (1822-1895)
b)    Louis Jablot (1645-1723)
c)    John Needlham (1713-1781)
d)    Lazarro Spallanzani (1729-1799)
e)    Thomas Huxley (1825-1895)

10 - (UNIMONTES MG/2007/Verão)   
A evolução pode envolver tanto aspectos genéticos quanto comportamentais de determinados indivíduos. A figura a seguir ilustra implicitamente características evolutivas da espécie humana.
Observe-a.


Considerando a figura e o assunto abordado, assinale, nas alternativas abaixo, a que representa uma característica NÃO CONTEMPLADA no processo apresentado pela figura.
a)    Seleção natural.
b)    Criacionismo.
c)    Teoria evolucionista.
d)    Variabilidade genética.

11 - (UFCG PB/2007/1ª Etapa) Dentre as várias hipóteses formuladas para explicar a origem da vida na Terra, a mais aceita é a hipótese heterotrófica, proposta pelo bioquímico russo A. I. Oparin, em 1938, que explica o surgimento da vida como uma evolução dos processos bioquímicos dos organismos. Os processos bioquímicos envolvidos em sua teoria são:
1.    Respiração aeróbica.
2.    Fotossíntese.
3.    Fermentação.
Analise o texto acima e assinale a alternativa que indica a seqüência correta de surgimento desses processos, de acordo com a hipótese heterotrófica.
a)    1, 2, 3.
b)    2, 1, 3.
c)    3, 1, 2.
d)    1, 3, 2.
e)    3, 2, 1.

12 - (UESPI/2009) “Ponha-se uma porção de linho velho num vaso que contenha alguns grãos de trigo ou um pedaço de queijo durante cerca de três semanas, e, ao cabo desse período, os ratos adultos, tanto machos como fêmeas, surgirão no vaso”. Sobre as idéias para explicar a origem da vida, o princípio expresso no trecho destacado ilustra a teoria da:

a)    Geração Espontânea.
b)    Clonagem.
c)    Seleção Natural.
d)    Biogênese.
e)    Quimiossíntese.

13 - (UFC CE/2009) A definição de vida é motivo de muitos debates. Segundo a Biologia, o início da vida na Terra deu-se com:

a)    o big bang, que deu origem ao universo e conseqüentemente à vida.
b)    o aumento dos níveis de O2 atmosférico, que permitiu a proliferação dos seres aeróbios.
c)    o surgimento dos coacervados, os quais, em soluções aquosas, são capazes de criar uma membrana, isolando a matéria orgânica do meio externo.
d)    o surgimento de uma bicamada fosfolipídica, que envolveu moléculas com capacidade de autoduplicação e metabolismo.
e)    o resfriamento da atmosfera, que propiciou uma condição favorável para a origem de moléculas precursoras de vida.

14 - (UCS RS/2009/Julho) Há 4,5 milhões de anos, a atmosfera e os oceanos apresentavam composição diferente da atual. Os componentes químicos existentes naquela época se associaram, originando então compostos orgânicos, que se tornaram cada vez mais complexos, controlando a entrada de nutrientes por uma membrana seletiva. Esses mesmos compostos englobaram partículas menores que, por um processo mais simples que a fermentação, obtinham energia e substâncias para incorporar à sua constituição.

O texto acima corrobora com a hipótese

a)    abiogênica.
b)    biogênica.
c)    heterotrófica.
d)    autotrófica.
e)    evolucionista.

15 - (UEG GO/2009/Julho) Várias teorias ao longo dos anos tentam explicar as possíveis origens para a vida no planeta Terra. Na figura a seguir, está representado um dos experimentos feitos para explicar tal origem.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando.
Biologia série Brasil. São Paulo: Ática.
2005. p. 456. (Adaptado).

A partir do experimento realizado a que conclusão pode-se chegar sobre a origem da vida?

16 - (UESPI/2010) Após utilizar parte do molho de tomate que preparara, Mariana guardou o que restou na geladeira. Depois de alguns dias, ao tentar reutilizar o molho, percebeu que este estava tomado por bolores (fungos).
Considerando os princípios da origem da vida, é correto afirmar que:

a)    o surgimento de bolores no molho de tomate (matéria inanimada) ilustra o princípio da geração espontânea.
b)    segundo o princípio da biogênese, o bolor haveria crescido no molho devido à sua contaminação anterior por fungos presentes no ambiente.
c)    o princípio da geração espontânea sustenta que organismos vivos surgem de organismos mortos da mesma espécie.
d)    caso não houvessem surgido bolores no molho de tomate, o princípio da biogênese estaria refutado.
e)    os princípios da Biogênese e da Geração espontânea não explicam o surgimento de bolores em alimentos.

17 - (UNIR RO/2010) Como na terra primitiva não havia oxigênio livre, os primeiros organismos não deveriam realizar respiração aeróbia, obtendo energia para sua sobrevivência a partir da matéria orgânica presente no meio. A esse processo dá-se o nome de

a)    Fotossíntese.
b)    Quimiossíntese.
c)     Abiogênese.
d)    Fermentação.
e)    Biogênese.

18 - (UPE/2010) Observe as frases abaixo.

I.     No canto XIX do poema épico Ilíada (Homero VIII- IX a. C.), Aquiles pede a Tétis que proteja o corpo de Pátrocles contra os insetos, que poderiam dar origem a vermes e assim comer a carne do cadáver.
II.    A geração espontânea foi aceita por muitos cientistas, dentre estes, pelo filósofo grego Aristóteles (384-322 a. C.).
III.   “...colocam-se, num canto sossegado e pouco iluminado, camisas sujas. Sobre elas, espalham-se grãos de trigo, e o resultado será que, em vinte e um dias, surgirão ratos...”(Jan Baptista van Helmont – 1577-1644).
IV.  Pasteur (1861) demonstrou que os microorganismos surgem em caldos nutritivos, através da contaminação por germes, vindos do ambiente externo.

Assinale a alternativa que correlaciona adequadamente os exemplos com as teorias relativas à origem dos seres vivos.

a)    I-abiogênese, II-biogênese, III-abiogênese e IV-biogênese.
b)    I-abiogênese, II-biogênese, III-biogênese e IV-abiogênese.
c)    I-abiogênese, II-abiogênese, III-biogênese e IV-biogênese.
d)    I-biogênese, II-abiogênese, III-biogênese e IV-abiogênese.
e)    I-biogênese, II-abiogênese, III-abiogênese e IV-biogênese.



GABARITO

01.Gab: C
02. Gab: A
03. Gab: C
04. Gab: D
05. Gab: D
06. Gab: A
07. Gab: C
08. Gab: E
09. Gab: A
10. Gab: B
11. Gab: E
12. Gab: A
13. Gab: D
14. Gab: C
15. Gab: Ao final do experimento houve a certificação de que as larvas na matéria decomposta se tratava da eclosão de ovos de moscas. Assim, houve a refutação da teoria da geração espontânea, concluindo que um ser vivo surge a partir de outro pré–existente.
16. Gab: B
17. Gab: D
18. Gab: E





quinta-feira, 17 de março de 2011

ILUMINISMO ( PROFESSORA NORMA)


                                               Iluminismo
        Corrente de pensamento, também chamada de Ilustração, dominante no século XVIII, especialmente na França, sua principal característica é creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os fenômenos naturais e sociais e a própria crença religiosa. A razão humana seria então a luz (daí o nome do movimento) capaz de esclarecer qualquer fenômeno. Representa a hegemonia intelectual da visão de mundo da burguesia européia e, assim, rejeita as tradições e ataca as injustiças, a intolerância religiosa e os privilégios típicos do Antigo Regime, abrindo caminho para a Revolução Francesa. Tem início no Renascimento, com a descoberta da razão como chave para o entendimento do mundo, e seu ponto alto no século XVIII, o Século das Luzes, difundido nos clubes, salões literários e nas lojas maçônicas. Fornece o lema principal da Revolução Francesa: “Liberdade, igualdade, fraternidade”.

                                 Contexto histórico
          O Iluminismo surge em uma época de grandes transformações tecnológicas, com a invenção do tear mecânico, da máquina a vapor, entre outras. É o período que marca o fim da transição entre feudalismo e capitalismo.
 

 Características principais - O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais.

Visão do homem – Para os teóricos do Iluminismo o homem é naturalmente bom e todos nascem iguais. É corrompido pela sociedade, em conseqüência das injustiças, opressão e escravidão. A solução é transformar a sociedade, garantindo a todos a liberdade de expressão e culto e fornecendo mecanismos de defesa contra o arbítrio e a prepotência.

Organização da sociedade – Deve ser norteada pelo princípio da busca da felicidade. Cabe ao governo garantir os “direitos naturais”: liberdade individual, direito de posse, tolerância, igualdade perante a lei. A doutrina do liberalismo político substitui a noção de poder divino pela concepção do Estado como criação do homem e entregue ao soberano mediante um contrato, o contrato social. Como a idéia de contrato implica sua revogabilidade, abre as portas para diversas formas de governo.

Formas de governo – Alguns iluministas, como Montesquieu e Voltaire, têm como modelo a monarquia inglesa. Outros, como Rousseau, preferem uma república com fundamentos éticos.

Precursores dos iluministas – Os principais são René Descartes (1596-1650), matemático e filósofo francês, defensor do método lógico e racional para construir o pensamento científico; e Isaac Newton (1642-1727), cientista inglês, descobridor de várias leis físicas, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.


Filósofos do Iluminismo
          Os principais são John Locke (1632-1704); Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet (1694-1778); Jean-Jacques Rousseau (1712-1778); Montesquieu, como é conhecido o escritor francês Charles Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu (1689-1755); e Denis Diderot (1713-1784). John Locke é considerado o “pai do Iluminismo”. Representa o individualismo liberal contra o absolutismo monárquico. Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer idéia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo, e processado pela razão. Voltaire critica violentamente a Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento. Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob o comando de um soberano esclarecido. Rousseau propõe um Estado governado de acordo com a vontade geral do povo e capaz de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Montesquieu prega a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário, como forma de proteger as garantias individuais. Diderot, ao lado do físico e filósofo Jean Le Rond d’Alembert (1717-1783), organiza uma enciclopédia que pretende reunir o conhecimento científico e filosófico da época. Por essa razão os iluministas também são conhecidos como “enciclopedistas”.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Nasce em Genebra, na Suíça, mas se transfere para a França. É o iluminista mais radical, precursor das idéias socialistas, ao contestar a propriedade privada, e do romantismo, ao afirmar o primado dos sentimentos sobre a razão. Fica órfão de mãe aos 10 anos de idade, é abandonado pelo pai, de origem calvinista, e entregue aos cuidados de um pastor. Em sua obra mais conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios – o bom selvagem – mas depois é pervertido pela sociedade civilizada. Defende a pequena burguesia e inspira os ideais da Revolução Francesa. No livro Emílio apresenta seu projeto educacional para manter o homem bom. Tem cinco filhos, todos entregues a orfanatos.

John Locke (1632-1704)
Filósofo inglês, precursor do Iluminismo. Estuda medicina, ciências naturais e filosofia em Oxford, principalmente as obras de Bacon e Descartes. Participa da Revolução Inglesa, em 1688. Passa vários anos na França e na Holanda. Volta à Inglaterra quando Guilherme de Orange sobe ao trono. Representante do individualismo liberal, em sua principal obra, Ensaio sobre o entendimento humano, de 1690, propõe que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão.

                 O Iluminismo e o "Despotismo Esclarecido"

 
Os escritores franceses do século XVIII provocaram uma revolução intelectual na história do pensamento moderno. Suas ideias caracterizavam-se pela importância dada à razão: rejeitavam as tradições e procuravam uma explicação racional para tudo. Filósofos e economistas procuravam novos meios para dar felicidade aos homens. Atacavam a injustiça, a intolerância religiosa, os privilégios. Suas opiniões abriram caminho para a Revolução Francesa, pois denunciaram erros e vícios do Antigo Regime.
As novas ideias conquistaram numerosos adeptos, a quem pareciam trazer luz e conheci­mento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados iluministas; sua maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração.
 
                                  A ideologia burguesa
 
O Iluminismo expressou a ascensão da burguesia e de sua ideologia. Foi a culminância de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século XVIII, quando os homens passaram a usar a razão para entenderem a si mesmos no contexto da sociedade. Tal espírito generalizou-se nos clubes, cafés e salões literários.
A filosofia considerava a razão indispensável ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até a crença devia ser racionalizada: Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através da razão.
Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a Igreja tornava-se dispensável. Os iluministas criticavam-na por sua intolerância, ambição política e inutilidade das ordens monásticas.
Os iluministas diziam que leis naturais regulam as relações entre os homens, tal como regulam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade. Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando a todos liberdade de expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras.
O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca da felicidade; ao governo caberia garantir direitos naturais: a liberdade individual e a livre posse de bens; tolerância para a expressão de idéias; igualdade perante a lei; justiça com base na punição dos delitos; conforme defendia o jurista milanês Beccaria. A forma política ideal variava: seria a monarquia inglesa, segundo Montesquieu e Voltaire; ou uma república fundada sobre a moralidade e a virtude cívica, segundo Rousseau.

                        Sugestão de atividades
1. De acordo com as informações  do texto, crie um conceito para Iluminismo.
2. Segundo os iluminsitas, qual o lema principal da Revolução Francesa?
3.  O iIluminismo situou-se em que contexto histórico?
4. Segundo os princípios iluministas, como se dá a organização da sociedade?
5. Quais são os principais filósofos do Iluminismo?
6. Quais as ideias, e o que atacavam os escritores franceses do século XVIII ?
7. Explique   a Ideologia burguesa no   período iluminista.